RESENHA: A Seleção de Kiera Cass

A Seleção 
Kiera Cass
Editora: Seguinte | Comprar na Amazon
Páginas: 368
Ano: 2012
Sinopse: Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto. Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa. Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma...



Esperei um tempo absurdo para pensar em escrever uma resenha sobre a coleção de livros de "A Seleção" da Kiera Cass porque quando acabei os três livros principais, foram lançados mais outros dois então só me restava esperar e ler todos para escrever algo. Comecei a ler a coleção em 2014 e foi um livro incrivelmente gostoso de ler. Toda a magia da realeza e a ideia da escolha de uma entre trinta e cinco participantes para ser a rainha era instigante em todos os aspectos.


A Seleção propõe um conceito futurístico de divisão da sociedade em castas. São 8 castas classificadas em escala decrescente, isto é, a casta 1 é a dos reis e rainhas e a família real enquanto a 8 é pertencente aos mais desfavorecidos, no caso os sem teto e deficientes. America, de 17 anos, vem de uma família de artistas e como cada casta tem sua especialidade (a dela é a 5) e é dito varias vezes no primeiro livro a necessidade de casar-se ou relacionar-se com pessoas da mesma ou de castas mais altas, uma divisão social bem explícita. O que faz com que America esconda seu relacionamento com um garoto da casta 6. O livro gira em torno da Seleção em que o príncipe Maxon escolheria as mais belas garotas (35 no total) para viverem no palácio e o conhecerem melhor e o número iria se reduzindo a medida em que restasse apenas uma: a escolhida para ser sua esposa e descendente do trono de Illéa. A mãe de America insiste muito até que a mesma se inscreve para a Seleção e adivinha só? Isso mesmo, ela é aceita. America que namora Aspen Leger, deve agora ir ao palácio e concorrer ao trono com mais 34 meninas loucas pela realeza. O que ela não era com certeza. America tem um temperamento bem forte e é bem decidida sobre o que quer. E estar na Seleção não era uma coisa que ela bem queria. 
      O melhor de todos os três primeiros livros, na minha opinião, foi essa divergência de interesses. America daria de tudo pra ter continuado com sua vida normal e seu relacionamento com Aspen e de repente, está disposta a mudar tudo na Seleção pela sua família. Em uma sociedade em que o status social é o que realmente prevalece, é complicado. America então passa por várias cenas engraçadas e bem polêmicas no palácio com as outras meninas que só faltam matar para conseguir o coração do príncipe Maxon Schreave. Tenho que confessar que no começo, eu estava caída de amores por Aspen e o relacionamento dele com America parecia tão perfeito que eu condenei America por ter aceitado participar de um Seleção. Ela age com frieza com o príncipe em vários capítulos do primeiro livro e eu deixei de achar Maxon mesquinho e caí de amores por ele de um jeito que eu não achei que aconteceria. Desde as falas, até o jeito dele, os hobbies, os sorrisos que a gente nem vê, mas imagina claro. E de repente, o livro já estava no fim e eu precisava desesperadamente do segundo livro A Elite e logo do terceiro, A Escolha.

      Precisei fazer uma mini resenha dos livros pra escola para justificar essa divisão da sociedade que vêm sendo "modinha" em vários livros como Jogos Vorazes (distritos) e Divergente (facções). E dentre várias questões, havia uma sobre os livros femininos que são criticados pela mídia por serem clichês demais ou até muito menininhas. A Seleção estava no topo nessa característica quando fiz a pesquisa, e por mais que realmente pareça quando lemos a sinopse e até lemos o livro, eu não concordo com essa divisão de gênero e nem com esse preconceito com a saga. A realeza não é um tema de menininha e o livro não é apenas amor e amor, gente. Tem até invasões e problemas de território e todas as outras coisas que devem acontecer em uma monarquia. Quando acabei de ler, dois dias trás, A Coroa, segundo livro da continuação da saga de A Seleção, eu refleti um pouco sobre isso. Este último livro falou muito das questões de tentar mudar (de verdade) essa separação entre castas. Parar com isso de deixar claro que quanto mais o número aumenta mais pobre a pessoa é. As pessoas de Illéa lutavam por isso faz tempo e ainda assim ainda se via a separação. Vários conflitos aconteceram no livro e tudo relacionado à forma de governo que é tão diferente da nossa. O poder é concentrado na família real, e por mais que não tenhamos muito ideia de como é viver em uma sociedade assim, o livro mostra justamente o quão difícil é essa coisa de hereditariedade. De ter que aprender com seus pais como liderar um país e essas coisas. A saga de A Seleção com certeza está entre minhas favoritas por tudo isso. A magia que tem por trás da realeza. Desde jantares, bailes, reis, rainhas, príncipes e princesas até problemas da monarquia.

 

Comentários

  1. Nunca lemos nenhum mais ficamos curiosas ♥
    Beijos
    Vou Arrasar

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  2. Estou super curiosa para ler a série, mas ainda não arranjei tempo. Eu não tenho problemas com o que o pessoal considera "tema de menininha". Hoje temos muitas obras com heroínas super fortes, e temas bem variados. Com certeza dá pra escolher aquilo que queremos ler, e um romance mais tranquilo, às vezes, é bem gostoso de ler. Fiquei ainda mais curiosa com a série, e nem sabia que tinham mais dois livros depois dos três principais! Beijos!
    Blog Vintee5 | Canal Vintee5

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    1. Exatamente! E tem sim, a série foi tão boa que foi preciso fazer mais continuações haha beijos, Lu!

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  3. Oi Clara,
    Adorei a resenha, eu ainda não li nenhum dos livros da autora, mas já separei o primeiro aqui e espero gostar.
    E gente, como os trabalhos de escola andam legais. Na minha época era tão chato e por isso eu acabava não me interessando muito por ler.
    Acho esse julgamento com 'livro de menininha' super errado, tem vários ótimos aí, com protagonistas bacanas...enfim, sou sempre a favor de ler sem julgamentos.

    tenha uma ótima quinta.
    Nana - Obsession Valley

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    1. É verdade, uma boa leitura é o que importa e sem preconceitos. E minha professora sabe ser bem criativa na hora de criar trabalhos haha beijos, Nana!

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  4. Eu ganhei o primeiro livro "A Seleção" numa premiação de melhor aluna no colégio em 2012 e, desde então, sou totalmente apaixonada pela série. Sempre fui #teamMaxon, mas meu ship acabou perdendo na Seleção da Eadlyn (não vou dar spoiler aqui para quem não tiver lido). Espero os próximos livros da Kiera Cass e que venham outras sagas de sucesso *o* Beijinhos, Beatriz.

    www.odiariodeumaescritorainiciante.blogspot.com.br

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    1. Sim. Achei que a seleção da Eadlyn foi muito desesperada pela Kiera. America e Maxon foram retratados como America retratava os pais de Maxon e isso é bem chato. Mas tirando isso, Kiera se superou com toda a série <3

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