Como uma coisa tão errada pode parecer tão certa? (Resenha Proibido, Tabitha Suzuna)

Acho que esse é o livro mais falado em níveis de polêmica no mundo literário. Há muito tempo que me indicam como o livro mais controverso em opiniões e eu só fui entender mesmo o que isso queria dizer quando vivi essa indecisão na pele durante a leitura. Até agora não sei o que acho sobre o tema!



Proibido
Tabitha Suzuna
Editora: Valentina
Ano: 2014
Páginas: 304
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Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes. Eles são irmão e irmã. +18 anos.
Esta resenha não contém spoilers. 
Alerta gatilho: o livro em questão contém conteúdo sensível sexual, incesto e problemas psicológicos
Conteúdo sexual: sim
A idade recomendada para leitura é 18 anos.

   Acho que desde o começo vemos o quanto o livro é... peculiar. A narração é sofrida e muito diferente dos dramas que estamos acostumados a ler. Maya tem dezesseis anos e tem mais responsabilidades que a maioria das meninas da sua idade. Ela  precisa lidar com sua mãe que não cuida dos próprios filhos e com o peso de ser a base de toda a sua família. Com seus irmãos menores, ela é a figura materna e seu irmão, Lochan, a figura paterna. Maya e Lochan são melhores amigos, então todos esses deveres de "gente grande" são divididos entre os dois, que acabam perdendo suas infâncias para o nascimento de ... um amor?

"A que altura você decide que já chega?"

    Eu já sabia que esse livro seria sobre incesto e se você ainda não sabe, saiba que é isso que faz metade dos leitores se posicionarem contra o livro inteiro. Não é nem partes específicas, é tudo. Se analisarmos de forma psicológica, acho que até pode fazer sentido, mas não sou nenhuma estudante de psicologia. Ler Proibido foi uma experiência totalmente diferente e desconcertante. Em algumas partes, confesso que fiquei me julgando por julgar dois jovens apaixonados.


    Porém, minha parte racional GRITAVA na minha mente que eles são irmãos, de primeiro grau, de sangue, irmãos que saíram do mesmo ventre. Acho que por isso esse livro é tão debatido. Há quem entenda, quem concorde, e há quem se coloque totalmente contra. Depois de ter lido e ter refletido por meses (li Proibido faz muito tempo, mas não sabia o que escrever sobre, sorry), chego à conclusão que sou neutra. Consigo ver o lado de Maya, uma jovem que precisou de uma figura masculina e acabou se apaixonando por ela, como é normal do ser humano, certo? Mas também não posso esquecer da parte do incesto e do quanto seria errado romantizar uma versão "familiar" de uma síndrome de Estocolmo.

   Acho que a leitura de Proibido é importante sim. É daquelas que você precisa pensar e até entender seus próprios valores e aceitação. E o final? Completamente chocante. De todas as teorias que pensei, nem cheguei perto! Indico o livro a todo mundo que me pede leituras assim mais controversas porque ele vale a pena pra pensar de verdade.

"Afinal, sou um cara doente. Doente e mau. A própria Maya disse que é isso que nosso amor é."


Comentários

  1. Olá
    Li esse livro tem um dois anos e, ainda hoje, se tenho que falar sobre ele, fico confusa e não sei direito como me posicionar. Achei sua resenha bem bacana, mas não acho que eles tenham desenvolvido uma síndrome de Estocolmo familiar. Acho que foram as circunstâncias, o fato de não serem mais tratados como irmãos pela própria mãe e também os irmãos. Eles passaram a ser o pai e a mãe daquela família. E aconteceu esse amor, puro, ruim, bom, proibido.
    Na vdd, nem sei se concordo com essa última parte. Ahhhh. Como esse livro me confunde.

    Vidas em Preto e Branco

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