Meu jeito certo de fazer tudo erradoLuiza Trigo e Klara CastanhoAno: 2017Páginas: 384Sinopse: Em 2014, na Bienal do Livro de São Paulo, Klara Castanho foi pedir um autógrafo para Luiza Trigo, que estava lançando seu novo livro. Desse encontro nasceu uma amizade. Um ano depois, inquieta e cheia de ideias, Klara pediu ajuda de Luiza com o conteúdo de um programa jovem de entrevistas que planejava fazer na internet, baseado no que via no dia a dia. Depois de trabalhar um pouco no que Klara havia escrito, Luiza sugeriu: “Que tal pegarmos esses textos e transformarmos em um livro?”. Klara adorou. Assim surgiu a história de Giovana, uma garota que acaba de se mudar com a família para São Paulo e que, de quebra, precisa encarar os dilemas da adolescência. Obedecer sempre aos pais controladores ou se aventurar em busca de independência? Ignorar suas convicções para andar com o grupinho popular do colégio, ou isolar-se com a amiga tímida e solitária? Viver um grande amor e perder o amigo, ou contentar-se com a friendzone? O resultado disso tudo são situações e personagens coloridos e autênticos, já que suas dúvidas, erros e acertos foram inspirados nas vivências das próprias autoras. E isso mostra um pouco do motivo pelo qual elas compartilham a paixão pela leitura: com ficção podemos exprimir grandes verdades.
Esta resenha não contém spoilers.
O livro em questão não contém conteúdo sensível
Conteúdo sexual: não
A idade recomendada para leitura é 14 anos.
Esse livro se tornou um dos meus favoritos da literatura nacional atual e não é por pouco viu? Já sou fã de carteirinha da Luiza Trigo, por causa de O Reino de Zália, o meu livro favorito brasileiro. Aí já viu né, pirei quando vi Meu jeito certo de fazer tudo errado em promoção na Americanas e comprei!
Conhecemos a Nanna, que acabou de se mudar para São Paulo capital e precisa se adaptar à essa nova vida em meio ao Ensino Médio, amizades, relacionamentos e ser adolescente. Tudo isso pode ser uma fase conturbada na vida de alguém que ainda está crescendo e foi exatamente assim que aconteceu com a Nanna. Conviver com outros adolescentes foi entrar em um mundo de influencias em que ela deve decidir quem ela realmente é.
"Bufei com a palavra 'rebeldia'. Detesto quando os adultos usam esse clichê para falar dos adolescentes. Até parece que a gente é sempre assim"
Antes de tudo queria falar da diagramação desse livro. Geralmente prefiro as mais simples e minimalistas, mas a desse livro tá de parabéns de verdade. As primeiras folhas de cada capítulo são extremamente fofas com ilustrações e moldurinhas fofas. Me lembrou demais as fanfics, quando a autora coloca foto da roupa da personagem haha. Achei muito bonitinho!
Sobre o enredo em si, sim, é bem adolescente, mas não apenas para adolescentes. Eu, lendo já adulta, fui totalmente transportada para o livro, sem ter nenhuma diferença entre ler aos 14 anos ou aos 20, 30, 40 pra cima. Você entra nas aventuras da protagonista, tem os mesmos questionamentos, torce pra algo, tem ranço de muita gente. Mas, principalmente, você se identifica ali. Vê você mesma, mesmo que não tenha feito o que a Nanna fez, mas são situações tão cotidianas que é difícil não lembrar de algo parecido que a gente tenha passado.
Meu jeito certo de fazer tudo errado é sobre evolução, crescimento e ser quem você é. E isso já é uma baita lição em si. Quero muito reler esse livro diversas vezes porque sei que vai me divertir e me fazer lembrar de algumas lições necessárias sempre.
Oi Clarissa, tudo bem? Eu andava um pouco afastada do gênero, mas li recentemente alguns que me fizeram me reconectar novamente! Nunca li nada dos autores, mas fiquei curiosa!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante