As lutas e conquistas por trás dos muros das universidades brasileiras (Resenha Boa noite, Pam Gonçalves)

   Indecisões, escolhas, anseios e medos. A transição para a vida adulta não é e nunca foi fácil. O grande “X” da questão, após o Ensino Médio, é ser aprovado ou não em uma universidade concorrida. Esse é o dilema de grande parte dos jovens no Brasil. Infelizmente, as indecisões, escolhas, anseios e medos continuam mesmo após o nome na lista de aprovados.



Boa noite
Pam Gonçalves
Editora: Galera
Ano: 2016
Páginas: 240
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Sinopse: Alina quer deixar seu passado para trás. Boa aluna, boa filha, boa menina. Não que tudo isso seja ruim, mas também não faz dela a mais popular da escola. Agora, na universidade, ela quer finalmente ser legal, pertencer, começar de novo. O curso de Engenharia da Computação - em uma turma repleta de garotos que não acreditam que mulheres podem entender de números -, a vida em uma república e novos amigos parecem oferecer tudo que Alina quer. Ela só não contava que os desafios estariam muito além da sua vida social. Quando Alina decide deixar de vez o rótulo de nerd esquisitona para trás, tudo se complica. Além de festas, bebida e azaração, uma página de fofocas é criada na internet, e mensagens sobre abusos e drogas começam a pipocar. Alina não tinha como prever que seria tragada para o meio de tudo aquilo nem que teria a chance de fazer alguma diferença. De uma hora para outra, parece que o que ela mais quer é voltar para casa.

           

Esta resenha não contém spoilers. 
Alerta gatilho: o livro em questão contém conteúdo sensível como violência, assédio, drogas,...
Conteúdo sexual: não*
A idade recomendada para leitura é 18 anos.

  Em Boa Noite, Pam Gonçalves descreve as dificuldades da vida adulta em um ambiente universitário tão conhecido pelos jovens atualmente. Infelizmente, é quase impossível não se identificar com cada personagem do livro. A protagonista Alina tem 18 anos de idade quando sai do interior para morar na cidade grande e estudar na tão sonhada universidade, que por conta de uma concorrência absurda, típica do sistema educacional brasileiro, ela tanto se esforçou para entrar e finalmente seguir uma carreira depois de alguns anos de muito estudo.

   Ninguém explicou para Alina como realmente é uma universidade. Muito estudo, professores rígidos e pressão do mercado de trabalho? Bem mais que isso. Como caloura de Engenharia da Computação, graduação majoritariamente masculina, Alina entra em contato com o machismo, desvalorização feminina no mercado e um outro universo junto à universidade com festas, álcool, drogas e sexo.

   O livro retrata, em primeira pessoa, a visão de uma adolescente recém graduada do Ensino Médio com sonhos e esperanças de ter uma vida universitária idêntica aos filmes de Hollywood com dormitório, um grande campus, alunos caminhando felizes pelo gramado e grandes festas universitárias. O cenário universitário brasileiro não é nada como o estereótipo americano e é descrito com toda a realidade que só um calouro poderia contar. As primeiras festas e farras que não resultam em nada além de uma grande ressaca para disputar com estudos, primeiras noites sem dormir estudando para provas com conteúdos além do que é humanamente possível de ser estudado e toda a pressão psicológica envolvendo o “depois”. Alina conhece seus colegas de casa: uma estudante de Comunicação Social, um estudante de Medicina e uma estudante de Administração. Áreas bem diferentes, mas tão semelhantes de tantas outras formas, pois um grande escândalo surge em toda a universidade: uma página de fofocas da universidade é criada com denúncias de estupros e assédio sexual envolvendo alunas.


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