Meu Deus, mas que cidade linda* E-book cedido em parceria com o autor.
Rodolfo Melo
Editora: Editora 42
Ano: 2017
Página: 144
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Sinopse: Meu Deus, mas que cidade linda é um livro que poderia ser descrito como uma coletânea de contos policiais, ou criminais, ou sobre a violência. Mas, é mas um livro sobre as desigualdades sociais, sobre a ignorância humana, sobre preconceitos. E de forma crítica, muito crítica, até ácida, a cidade é linda. Dependendo dos olhos que a veem. Nascido em Brasília, Rodolfo se tornou escritor assim, como quase todo mundo: escrevendo. Seu segundo livro impresso traz um recorte pontual sobre a realidade brasiliense. A violência, o racismo, os medos. Brasília é linda, viva e urbana. E como toda cidade, guarda em seus becos, suas ruas, suas pessoas, histórias. Aqui você a verá desnuda. Um livro de crônicas ácidas, duras, violentas e verdadeiras, marcadas pela escrita aguda de Rodolfo Melo.
Primeiramente gostaria de dizer que aconteceu algo muito sinistro quando comecei a ler Meu Deus, Mas Que Cidade Linda, segunda-feira passada. Não, não passei uma semana lendo. Na verdade, fui dar uma espiada no começo do livro enquanto esperava a van sair do lugar às 5:10 da manhã. O negócio é o seguinte (devo dizer o contexto, pois faz parte das minhas estrelas para MDMQCL), recentemente saí de minha cidadezinha pacata no interior e me mudei para uma beeem maior e quase uma capital. De fato, é a Capital do Forró, - aquelas coisas que a gente aprende quando se muda para uma cidade grande que nem esperava 7 meses atrás. Mas pra quem ainda não sabe, passei em Comunicação Social na UFPE e como quero ser jornalista, com 17 anos de idade joguei minhas roupas na mala e me mudei. Com Meu Deus, Mas Que Cidade Linda, refleti sobre minha mudança para Caruaru, mas também sobre ter deixado minha tão amada, e quase não violenta, Limoeiro, mesmo a cidade central dos contos seja Brasília. Creio que toda cidade tem um pouco de Brasília, no lado do livro.
Em Meu Deus, Mas Que Cidade Linda, vários contos ambientados na cidade de Brasília mostram dilemas como violência, preconceito e crimes envolvendo paixão, infância, ciúmes, saudades... Não consigo fazer uma descrição mais detalhada que isso sem dar spoiler, e cada conto é curtinho e com finais em comum. Acabei de terminar o livro e vim correndo escrever a resenha antes que eu esquecesse de tudo que eu tenho para falar.
Antes de pegar a "manha" do livro, sofri um pouco ao ler os contos. Só depois que eu, trouxa, me toquei o que o Rodolfo queria refletir com todas aquelas palavras que, por mais que tenham sido pesadas, não foram poupadas e ainda são insuficientes para definir tudo que li e reli para acreditar que tinha lido. Você deve estar se perguntando o que tanto os contos tem em comum. Devo dizer que estava na lanchonete do bloco de Design da UFPE lendo enquanto meus amigos conversavam. Alerta blogueira literária (sobre)vivendo. A cada fim de conto eu soltava um "AAAAAAH SOCORRO". A cada última frase. "Menina, que livro é esse que tu tá lendo, pelo amor de Deus?", disse Felipe agoniado já com tanto escândalo que eu fazia no meu eu particular. "FELIPE, TU NÃO SABE O QUE A MOÇA FEZ!". Pensei antes de continuar e desisti de contar o que a moça fez. Já bastava Felipe me mandando parar de ler o livro provavelmente porque sou muito medrosa e já basta ter que voltar toda noite sozinha pra casa com o coração na mão. Se eu dissesse o que a moça fez, Felipe jogava meu celular pros gatos comerem, como ele prometeu. Mas eu não queria e nem conseguia parar de ler!
Para terminar talvez a resenha mais longa e pessoal da minha vida, deixo claro que Meu Deus, Mas Que Cidade Linda me encantou (a cada vez que citava Brasília), me chocou, surpreendeu e me fez chorar. São pequenos contos que são escritos de uma forma tão incrível que você se apega aos detalhes e pode facilmente imaginar tudo isso acontecendo na sua vida. É... Meio complicado quando são contos que relatam violência, traição, preconceito e assassinato. Confesso que 1 hora atrás, saí correndo do ponto de ônibus até em casa no escuro e na chuva. O efeito que o Rodolfo quis causar nos leitores ainda estava impregnado em mim, mas ao contrário do que parece quando falo, é importante. Acho importante demais ele ter mostrado uns acontecimentos pesados sem ter medo e sem maquiar. Muitos relatos dos contos eu mesma já tinha ouvido pessoalmente e creio que hoje já é considerado "normal" em muitas capitais e cidades maiores.
Só deixo claro meus parabéns ao Rodolfo, porque ele merece! E mesmo com todos os defeitos relatados nos contos, Brasília é sim uma cidade linda. Assim como Caruaru e minha Limoeiro.
*Ouvi essa música muitas vezes enquanto li os contos, creio que vale a pena deixar aqui pra quem quiser conhecer.
Não sou a maior fã de contos, mas gosto quando eles te provocam os mais diferentes sentimentos e também te deixam entrar na história, e parece o caso desse livro. Acho que tu deve estar estranhando bastante a mudança de cidade, mas pelo que li da resenha, esses aspectos que ele citou são bem comuns nas cidades grandes, ao menos são, na minha x)
ResponderExcluirBeijinhos :)
tipsnconfessions.blogspot.com
Exatamente. Por isso que adoro contos, são curtos, mas não deixam de passar muito sentimento pra nós! E é super real isso das cidades, ainda to me acostumando hahah
ExcluirBeijoss
Olá! Eu gosto de contos e com isso, fiquei atentada a conhecer o livro!
ResponderExcluirQue bom que você gostou.
Vou procurar sobre ele.
5 O'clock Tea
Se gosta de contos, você vai adorar esses!!
ExcluirNão é um gênero que estou acostumada a ler, porém gosto de conhecer coisas novas.
ResponderExcluirAinda mais quando despertam sentimentos e abordam assuntos do nosso cotidiano.
Fiquei com vontade de ler <3
Isso, é muito bom quando a leitura te prende a esse ponto! <3
ExcluirOi, Clarissa!
ResponderExcluirMenina, realmente esse livro mexeu com você. Eu pensei que seria uma história corrida, mas gostei de saber que são contos.
Beijos
Balaio de Babados
Concorra ao livro Depois do Fim autografado
Participe do sorteio de aniversário do Balaio de Babados e O que tem na nossa estante
Mexeu mesmo viu? hahhaha mas acho que me impressionou de uma forma boa!
ExcluirBeijoss