O penúltimo livro da série A Garota do Calendário veio pra me questionar sobre a necessidade de ter lido a jornada de Mia Saunders quase completa, e aí certos pontos me vieram à cabeça sobre livros eróticos e a famosa encheção de linguiça.
A Garota do Calendário 11
Audrey Carlan
Editora: Verus
Ano: 2016
Páginas: 160
Classificação etária: +18 anos
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Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser. Em novembro, Mia viajará novamente para Nova York por motivos profissionais, mas dessa vez o trabalho é diferente. Ela precisará entrar em contato com celebridades — sorte dela que alguns dos amigos que fez em sua jornada estão prontos para ajudá-la!
Sexo, sexo e mais sexo. Foi assim que começava uma resenha que li desse mesmo livro. Lembro que até ri e me perguntei se tem algum livro desse estilo erótico que não seja sexo sexo sexo. Mas o negócio é que Audrey Carlan resolveu encarnar a Laura Miller e realmente gente... não vejo NADA de diferente do livro Outubro, só sexo.
Não vou fazer resumo sobre o que acontece real no livro porque os spoilers são tipo 99,9% pra quem não leu Janeiro, imagina o resto. Mas não é por isso que não vou vir falar aqui de alguns pontos, do gênero em si e do destino da Mia Saunders, que eu realmente apostava tudo que seria diferente.
Foi exatamente por isso que comecei A Garota do Calendário. Sim, claramente a série toda é erótica e tem o sexo e o desejo carnal como centro das atenções. Mas, gente, eu vi potencial na história da Mia. Eu vi um pouco das fanfics rebel que li na adolescência. A mocinha teve que ser acompanhante (nãaaao prostituta, ok?) para arrumar uns milhões pra pagar ao fiador do pai, que estava internado. E nessa jornada descobriria quem era ela de verdade. Alguns livros da série eu realmente gostei, vi a autodescoberta, vi coragem e determinação pela parte da Mia. E acho que sinceramente se é pra ser erótico, que coloque uma mocinha sem cabeça oca atrás de macho controlador.
"Ele é onde tudo começa e termina, Gin"
O que vi no mês de Novembro foi uma Mia assim mesmo, submissa. Acho que não sexualmente, já que aí já é gosto pessoal né não? Mas submissa na vida. Quando sua vida gira em torno de um homem, de transar com o homem e só. A carreira da Mia, que devia ser a coisa mais importante, foi deixada de lado, até porque parece que pra Audrey Carlan não importa, já que o que nós leitoras queremos é um homem musculoso atrás de sexo, certo?
Nesse livro também reaparecem figuras de outros livros. Quem se importa né? Sexo, sexo e mais sexo pra cima do livro. Confesso que nem leio mais. Pulo tudo. Todas as cenas de sexo também são iguais, cara. Qual a graça então? Se é tudo a mesma coisa mesmo? Fica aí o questionamento. Erótico? Tudo bem. Agora erótico sem fundamento nenhum só pra ter sexo, sinceramente, Audrey, cadê toda autoconfiança e não-preciso-de-homem-pra-trilhar-o-meu-destino da Mia? Não sei se quero ler o último livro da série se for pra me estressar.
Oi Clarissa. Eu até gosto de livros eróticos (gostava mais antigamente, hoje prefiro livros que sejam romances com algumas partes mais hot), mas se o livro é voltado só pra isso, sexo sem fundamento como mencionou, por favor, né! Nem vou perder meu tempo lendo, porque é maçante e não agrega nada... e se for uma série toda assim! Senhor, pra quê isso?!
ResponderExcluirEu nem cogito ler essa série, porque acho que me frustraria e abandonaria.
Beijos
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